A intimidade da sala de estar que Maria teve com Jesus, nunca resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Marta abriu a sua casa para Jesus, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto o seu coração. Em sua ânsia de servir a Jesus, ela quase perdeu a oportunidade de conhecê-Lo. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por Jesus.
Lucas nos diz que "Marta, porém, andava distraída em muitos serviços". Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por Jesus.
Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentindo que devemos provar nosso amor a Deus através de grandes feitos. Então nos apressamos em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar Por Ele na cozinha - realizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em Seu Nome. Nós O chamamos “Senhor, Senhor”. Mas, no fim, será que Ele nos conhecerá? Nós O conheceremos?
Enquanto o mundo aplaude as grandes façanhas, Deus deseja comunhão. O mundo clama “Faça mais! Seja tudo o que puder!”, mas nosso Pai sussurra “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas – um povo no qual possa fluir.
Porque somos seus filhos e filhas, o serviço da cozinha será resultado natural da intimidade da sala de estar com Deus. Quanto mais próximas estivermos do coração do Pai, mais veremos o seu amor pelo mundo.
Quando colocamos o trabalho, colocamos a carroça na frente do cavalo. A carroça é importante da mesma forma que o cavalo. Mas o cavalo deve estar à frente, ou então, acabamos arrastando a carroça sozinhas. Frustadas e cansadas, quase não somos capazes de romper com a pressão das ocupações da igreja, pois há sempre algo que precisa ser feito.
Quando dedicamos primeiro nosso tempo em Sua presença – quando reservamos um momento para ouvir a voz de Deus – Ele providencia a força de que precisamos para levar a carga mais pesada.
Fonte: Trecho do livro “Como ter o coração de Maria, no mundo de Marta”, de Joanna Weaver